Revendo atitudes
Tempos de isolamento social ou, melhor, ausência de contatos olho no olho. Não, não sobra tempo. Pensamentos dispersos vão e vem, ocupando até mesmo os sonhos que foram adiados. De repente uma pergunta: por que parei? Onde está escrito que estar em casa é sinônimo de ficar parada? Pensamentos confusos revelam que alguma coisa esta errada, ou diferente. Em meus setenta e quatro anos de vida jamais imaginei que viveria tempos como este. Conhecia, através da historia humana, fatos semelhantes acontecidos em outras épocas, com outros povos. Este momento é assustadoramente novo. Novo pelas dimensões que assumiu; novo pela rapidez com que se alastrou; novo pelas avançadas tecnologias de que dispomos mas que se mostraram insuficientes para esclarecer as pessoas sobre os graves riscos.
Foi aí que resolvi rever o que tudo isto estava provocando, não no social, tão distante de contato real, mas em mim. Estar isolada causa estranhos efeitos! No começo duvidei dos fatos. Com o tempo a depressão invadiu um pouco mais o cérebro. Mas não me entrego fácil. Reagi! Pensei na família, nas pessoas amigas, nos contatos das redes que só conheço por conversas curtas e fotos. Então percebi que estão todos aí e que a vida segue o rumo traçado por ela mesma. Entendi que não controlo o tempo, só posso controlar o meu tempo. Não é permitido, em meio a uma pandemia, ocupar a mente com o passado nem com o futuro. Só posso usar, o melhor possível, o dia de hoje.
Hoje decidi começar as mudanças escrevendo. Penso fazer disso um hábito que ajude a mim e a quem me lê a encontrar momentos de reflexão. Sei pouco sobre o mundo ou sobre a vida que habita o planeta, nem tenho a pretensão de virar uma enciclopédia viva, mas não quero passar pela vida sem dividir o que aprendi nessa minha passagem já longa e quero também conhecer as historias de vocês. Da infância à velhice, vamos percorrendo caminhos nem sempre fáceis mas se chegamos até aqui, com certeza aprendemos bastante.
Meu primeiro pensamento vai para para a arte da vida, porque viver exige arte: a de artistas na corda bamba, a de arteiros subindo em árvores, a de criadores inventando ciência.
estes serão os focos de nossas conversas.
Meu primeiro pensamento vai para para a arte da vida, porque viver exige arte: a de artistas na corda bamba, a de arteiros subindo em árvores, a de criadores inventando ciência.
estes serão os focos de nossas conversas.
Bom dia!
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