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Mostrando postagens com o rótulo Desafios

FOGO, UM ELEMENTO SEM CONTROLE

       Na última postagem mostrei Um mini-livro de artista, FOGO . Pensei - coincidência? Pensei outra vez e percebi que este é o tema da atualidade. Um assunto puxa outro, e mais outro e, meus pensamentos chegaram a um tema inquietante, EDUCAÇÃO .           Em todas as culturas, de todos os tempos, algum sistema de educação está presente e ele, na maioria das vezes, está intimamente ligado ao tipo de adulto  necessário para sobreviver nas condições ideais para aquele grupo social , naquele ambiente, com os instrumentos que possui e naquele tempo específico. Mas o mundo já não é mais habitado por povos isolados. A globalização, no rastro das novas tecnologias e com velocidade semelhante, abraçou o planeta como tentáculos de um gigantesco polvo. O que deveria ser "progresso" parece ter se transformado em opressão oficialmente aceita. Por muito tempo não consegui processar essas transformações nem interpretar objetivamente suas conseq...

ILUSTRANDO FÁBULAS

        Sempre quis experimentar a arte da ilustração. Em 2009 surgiu o desafio de escolher uma fábula e criar um livro ilustrado. As experiências com livros de artista foram preciosas para encarar a  tarefa. Escolher uma fábula é missão que envolve um pouco de objetividade e muito de emoção. Algumas fábulas nos tocam menos do que outras e, no meu caso, não demorou muito para que uma delas atingisse o alvo: La Fontaine criou um primor envolvendo crítica social e conhecimento popular na fábula QUEM PÕE O GUIZO NO GATO?          Compor as imagens foi uma tarefa em técnica mista aquarelas, fotos e imagens digitais. Primeiro passo; identificar imagens compatíveis com o caráter das  personagens, o gato, a comunidades de ratos e seu líder e o velho mais experiente  e sagaz do grupo. Desenhar, refazer, ordenar as imagens, penetrar no espírito do conto. Etapa demorada e intensa mas extremamente gratificante.    ...

No meu tempo é que era...

Aqui pensando nas voltas que o mundo dá. Já completei setenta e uma voltas ao redor do sol, muitas outras voltas junto com o planeta em dias de sol, dias de chuva, nas quatro estações do ano. Quando penso nesses anos todos sempre lembro de Neruda e seu maravilhoso livro CONFESSO QUE VIVI. Penso que eu também vivi, e ainda vivo, recusando as palavras que ouvi dos mais velhos - No meu tempo... este é o meu tempo, enquanto estiver viva. Este é o tempo de cada ser vivo, jovem ou velho, de todas as cores, de todos os padrões, de todas as opções políticas. Hoje é o dia mais importante da vida, porque ontem passou e amanhã, quando chegar, já será hoje. Por isto vivo cada dia de sol ou de chuva. Vivo quando agito e quando repouso. Nada determina como devo viver, a não ser o respeito por mim mesma e por tudo e todos os que dividem comigo o privilégio de estar no planeta terra. Há muito tempo salvei o texto que segue, quando preparava uma oficina para pessoas aposentadas recentemente ou ...

Um jardim de papel

UM JARDIM DE PAPEL Atividade criativa  Vamos criar o jardim dos sonhos cheio de flores e cores, enquanto desenvolvemos imaginação, criatividade e raciocínio lógico através desta, que é uma das mais antigas formas de dar vida ao papel. Um pouco da história do origami para entendermos como esta arte perdurou por milênios até chegar aos nossos dias num eterno e incansável ritmo de renovação. ORIGAMI - Não se sabe a origem do origami, mas não há dúvidas de que se desenvolveu no Japão e, mesmo sendo desenvolvido também em outros países o nome origami é compreendido em todo lugar.   Segundo alguns estudiosos as primeiras figuras de origami surgiram na antigüidade, por volta do século VI, quando um monge budista trouxe para o Japão o método de fabricação do papel da China, via Coréia, onde até então não era conhecido.   Segundo pesquisador conceituado das origens do origami, professor Massao Okamura de 65 anos, o origami teve início no século XVII p...

O medo

"Quantas vezes, já deitado, Mas sem sono, ainda acordado, Me ponho a considerar Que condão eu pediria, Se uma fada, um belo dia, Me quisesse a mim fadar... O que seria? Um tesouro? Um reino? Um vestido de outro? Ou um leito de marfim? Ou um palácio encantado, Com seu lago prateado E com pavões no jardim?"                                      Antero de Quental       Vivemos tempos de incertezas em que o medo parece ser a palavra de ordem. Medo das guerras, medo das crises econômicas, medo da insegurança, medo dos virus. No fundo, acredito que o pior de todos os medos, é o da impotência. A pressão geral nos paraliza e o pior, impede-nos de sonhar. É urgente quebrar este círculo vicioso. Nenhum momento da história humana foi isento de incertezas, ou de guerras, ou de virus. Em algum lugar do planeta alguma coisa ruim acontecia e ainda acontece. A diferença é que...