Não sou uma pessoa ligada a assuntos astrológicos, mas o que li sobre a Lua Vermelha, fenômeno astronômico ocorrido na semana passada, levou-me a questionar sobre o significado de tanta turbulência numa mesma semana. Libra é o meu signo, por isso peço licença ao site "Astrologia - percepções astrológica" para reproduzir aqui no blog do Artificis partes do texto postado poucos dias antes da Lua Vermelha.
"Hoje a Lua continua em Libra, já a poucas horas do eclipse total que ocorrerá na próxima madrugada, as 04h45min (horário oficial de Brasília). E nas próximas semanas, teremos a fortíssima influência da grande cruz formada por Júpiter, Urano, Plutão e Marte Rx, o que significa momentos de ânimos acirrados, uma sensação de peso no ar, de reações inesperadas, mobilizações, impulsos irascíveis, “vai ou racha”........Ao mesmo tempo, estamos em momento de libertação – é a hora certa dos rompimentos de padrão, onde nossas palavras e ações ganham potência, a hora da virada de atitude, como se tivéssemos o mesmo poder de comunicação de nossos desejos ao cosmos, só que numa frequência muito alta. Isto trará, aos mais sensíveis, uma sensação de “estática” no ar, como se muitas vozes falassem ao mesmo tempo, a insatisfação coletiva e individual se soma, como se pudéssemos ouvir os pensamentos alheios, em cadeia........... terá os próximos sete dias de muito trabalho, pois o psiquismo está operando como se estivesse ligada a uma imensa torre de energia, tudo está ampliado...........Nosso corpo nos entregando, nossas palavras nos traindo, acordos que desabam. Mas isto acontece por acaso? Urano, Netuno e Plutão funcionam como registradores de nossa consciência, acumulando as impressões subjetivas que nem sempre prestamos atenção. E Urano funciona como o catalisador, o que aciona a faísca da desestruturação, o que revela os desejos que não temos coragem de assumir, os problemas que não procuramos resolver conscientemente, mas que alimentamos, por uma considerável tempo, o desejo da mudança, da liberação....No entanto, para os que se dedicarem às práticas terapêuticas e/ou espirituais com mais afinco, o período promete descobertas estonteantes, perturbadoras, mas, ao mesmo tempo, libertadoras, transcendentais. No entanto, o que não é conscientizado, comunicado – intencionalmente procrastinado ou não – vem e contradiz tudo que tentamos disfarçar, para nós mesmos e para os outros. “O Rei está nu!”. Maldade do destino? Não: falta de autoconsciência, de prática na percepção da intencionalidade que nem sempre deixamos claros para nós mesmos, num anseio de aceitação alheia, porque não aprendemos a lidar com a rejeição, com o fato de que não podemos ser aceitos e amados todo o tempo.
De destruidora, a deusa indiana Kali, em sua história mística, acaba se convertendo na dimensão da Mãe Divina, protetora dos que se empenham na disciplina da autoconsciência. Nunca a velha máxima do “vigiai e orai” se fez tão real e necessária. Tempos fascinantes se aproximam. A mesma luz irresistível que nos queima as retinas, é a que nos liberta, dependendo do desejo de cegueira ou de transcendência. Trans-mudar: uma nova forma de ser, descobrir que “ser” é uma possibilidade infinita."
A intensa sincronicidade entre essas afirmações e o momento vivido, foram determinantes na captação da energia necessária para mudar realmente. E a mudança começou por desarrumar, ou melhor, tirar do baú tudo que estava guardado. Reencontrei no meu baú de guardados imagens que representam várias fases da minha caminhada com a arte e elegi alguns para compartilhar com vocês um pouco dessa trajetória.
Animais no pasto - pastel oleoso |
Animais no pasto - grafite |
Animais no pasto - carvão Estes três acima, são dos mais antigos, observação reprodução faziam parte dos exercícios. |
Acredito ser importante para quem trabalha com arte e, especialmente arteterapia, manter um intenso e renovador contato com as próprias mudanças, e mudanças não acontecem sem sofrimento, ansiedade e cansaço. Compartilhar esse processo é uma forma de mostrar que processos artísticos nos ajudam a conviver com os altos e baixos da roda da vida sem perdermos de vista os momentos de equilíbrio. Todos esses momentos repletos de energia, cuja direção e sentido nós temos que determinar, tomando as rédeas do destino.
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