Em mais de vinte anos de atividades ligadas à arte, pesquisando, produzindo, ensinando e participando de projetos coletivos tive, como uma das metas fundamentais de meu trabalho, compartilhar minhas experiências e resultados com muitas pessoas. Acredito que a arte, com seus processos e instrumentos, vai muito além dos museus, galerias e espaços sofisticados, sendo uma parte inseparável da cultura e da identidade de todos os povos em todas a épocas. Considero-me muito mais um instrumento da arte do que uma artista. Durante este tempo dedicado à arte procurei experimentar muitos recursos diferente aplicados sobre as mais diversas superfícies. Desenhando sobre papeis tradicionais com materiais comuns; colando sobre superfícies tridimensionais materiais diversos; recriando materiais recicláveis; desidratando folhas e flores para reinventar formas, tenho focado meu trabalho na exploração e experimentação. Se alguém perguntasse: "qual é minha temática?" até algum tempo atrás, eu teria muita dificuldade para responder. Hoje acredito ter uma resposta. Meu tema é a vida e seu ciclos. Vida e morte, um ciclo eterno de ir e vir. Muitas formas de ser e não ser e voltar a ser, para logo desaparecer e reaparecer. Minha relação com o tema percorreu muitos caminhos. Por muito tempo caminhei pelos matos, praias, estradas ou ruas procurando restos de vida que poderiam ser restaurados. Juntei pedaços de imagens reestruturados em novas imagens. Reformulei sobras. Dei novas formas a objetos descartados como lixo. Mas foi nos livros que encontrei minha linguagem e meu suporte para criar. Os LIVROS DE ARTISTA entraram na minha vida como objetos mágicos. Bem devagar...reciclando, inventando, reformulando, dobrando...fui conquistada por esta nova linguagem. Tudo é possível num livro de artista. Todas as fórmulas exploradas antes podem fazer parte desta aventura.
Acumulando descobertas releio minha própria história. Revirando o passado me reencontrei no presente. A cada livro reescrevo um pouco de minha história. Colando pedaços, quebrando a rigidez com dobras e preenchendo cada página com as tintas da minha palheta, às vezes escuras, às vezes com todas as cores do arco iris, vou contando meus contos. É, quase sempre, uma tarefa difícil. Revirar o baú de memórias é muitas vezes doloroso, mas há momentos de puro deleite. Em qualquer dos casos é um registro que requer um esforço grande. Em qualquer dos casos o resultado é gratificante. São estes resultados que quero compartilhar com todos, mostrando, ensinando, ou colocando o Livro de artista serviço da arteterapia. Minhas metas para 2013, incluem "livro de artista" como número um da lista.
jane m. godoy b.
Acumulando descobertas releio minha própria história. Revirando o passado me reencontrei no presente. A cada livro reescrevo um pouco de minha história. Colando pedaços, quebrando a rigidez com dobras e preenchendo cada página com as tintas da minha palheta, às vezes escuras, às vezes com todas as cores do arco iris, vou contando meus contos. É, quase sempre, uma tarefa difícil. Revirar o baú de memórias é muitas vezes doloroso, mas há momentos de puro deleite. Em qualquer dos casos é um registro que requer um esforço grande. Em qualquer dos casos o resultado é gratificante. São estes resultados que quero compartilhar com todos, mostrando, ensinando, ou colocando o Livro de artista serviço da arteterapia. Minhas metas para 2013, incluem "livro de artista" como número um da lista.
jane m. godoy b.
Livro coletivo elaborado pelo grupo "Gralhas Azuis" em 2012, coordenado por Mara Caruso |
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