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reciclando




Um programa de TV fazia o já repetido alerta sobre aquecimento global. As imagens não deixam dúvidas - estamos literalmente mergulhando na água salgada. Com rapidez não imaginada, os polos derretem, imensas áreas de terra secam, tempestades, deslisamentos, ciclones, terremotos e outras catástrofes "naturais" se repetem e intensificam-se em todos os continentes. Há muito tempo atrás, ouvi um biólogo afirmando que "a terra sabe cuidar de si mesma". Acredito nele, mas certamente o que vai sobrar, depois que nosso planeta sacudir os incômodos poderá ser um lugar inóspito. A vida continuará...mas de que forma? Temos nas mãos um planeta lindo, que nos oferece um céu azul, água fresca, opções de clima, paisagens deslumbrantes e eventualmente, algum desastre natural que reordena as coisas. O que estamos fazendo com nosso lar? Que parte de responsabilidade nos cabe, a todos, sobre estes fatos. Que atitudes podemos e devemos tomar, individualmente e/ou coletivamente para reduzir os efeitos deste mega desastre que parece iminente? Vidas estão em risco: a dos animais e plantas que não têm nenhuma responsabilidade diante da catástrofe; e a vida do homo sapiens (que pretensão) que busca, cada vez mais ansiosamente, seu próprio conforto em detrimento de seus companheiros de jornada na nave Terra, com os quais deveríamos dividir as benesses do planeta.


Como abrir mão do consumo de energia em todas as suas formas? Como produzir alimentos em volume suficiente para alimentar tantas bocas? Como ensinar às crianças o respeito e o amor pela terra que elas desconhecem e que, para um número assustador delas, não fornece um único copo d'água para matar sua sede? Como chegamos a este nível de indiferença pelo sofrimento alheio permitindo que riquezas já escassas sejam dominadas e usufridas por pequenos grupos de poder que delas se beneficiam avançando sobre bens comuns? Encolhemo-nos pretensamente protegidos em nosso cantinho de mundo como se a água não fosse invadir nossa casa, a casa de cada um, dos que têm e dos que não têm poder. Alguns de nós estamos tão mimados, tão hipnotizados pelo canto da sereia que nem percebemos mais que passamos de espectadores (o que já era ruim) a consumidores (somos números); deixamos de ser fiéis para sermos chamados de patrocinadores; não usamos mais roupas, exibimos grifes - somos os "garotos e garotas propaganda" de marcas de vestuário, sapatos, móveis, carros...Orgulhosamente mostramos nosso corpo, nossa casa, nosso carro, ostentando, em ícones bem visíveis e repetitivos, as marcas de poderosas empresas que nos embriagam de orgulho e vaidade por sermos capazes de pagar por seus produtos. E dá-lhe energia para sustentar tantas fábricas de ilusão. Enquanto isto, milhares exercem trabalho escravo, outros milhões são alienados em lugares insalubres, onde a fome e a sede não dão espaço para dignidade ou respeito. E nós, que nos pensamos artistas, sensíveis, capazes de descobrir e revelar a beleza da vida, o que podemos fazer? Onde podemos buscar a luz que mostrará um caminho na direção da justiça, do esclarecimento e do direito à dignidade de gentes e natureza? Se temos dons, temos também deveres. Se você está lendo estas palavras, talvez esteja tão preocupada/o quanto eu com o futuro de nossa casa, nosso cantinho do universo. Por isto, sinto-me à vontade para pedir ajuda. Pensa junto comigo. Vamos listar atitudes que podem constituir-se num passo na direção correta. Os problemas são muitos. As soluções...?????Já que lancei a proposta a primeira sugestão é


1.quebrar a rotina do "deixa prá lá" e olhar de frente o problema.




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