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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

Tempo tecnológico

Página de Livro de artista coletivo, inspirado na Divina Comédia de Dante. Criação de Jane Maria Godoy B. Reflexões sobre tempos mais ou menos confusos. Não sei se estou velha demais para acompanhar a velocidade das mudanças tecnológicas e sociais ou se são tantas e tão velozes essas transformações que poucos terão a possibilidade de não cair fora desse trem. A verdade é que tenho a estranha sensação de estar deslocada no tempo e no espaço. Não é nenhum mistério que comunicar-se tem sido desde a pré-história uma função das mais complexas. A linguagem é apenas o instrumento básico desta função e, sem dúvida, insuficiente. A entonação de voz, o olhar, a expressão corporal do falante e do ouvinte, são elementos complementares, talvez dispensáveis, mas sempre enriquecedores do entendimento entre pessoas. Um livro, um artigo de revistas, uma crônica, substituem estes elementos visuais por uma narrativa coerente, em que as interpretações enganosas são reduzidas e até mesmo ...

Como vejo o desenho

Como vejo o desenho Jane M. Godoy B. “A diferença entre ver e olhar é tanto uma distinção semântica, que se torna importante em nossos sofisticados jogos de linguagem, tomados da tarefa de compreender a condição humana – e, nela, especialmente as artes -, quanto um lugar comum de nossa experiência. .......................................................................................................... Mas se as artes nos ensinam a ver – olhar é porque nos possibilitam camuflagens o ocultamentos. Só podemos ver quando aprendemos que algo não está à mostra e podemos sabê-lo. Portanto para ver – olhar é preciso pensar . Ver está implicado no sentido físico da visão. Costumamos, todavia, usar a expressão olhar para afirmar uma outra complexidade do ver ... Ver é reto, olhar é sinuoso. Ver é sintético, olhar é analítico. Ver é imediato, olhar é mediato. A imediaticidade do ver torna-o um evento objetivo. Vê-se um fantasma, mas não se olha um fantasma. Vemos tele...

Exposição de obras de alunas, 2015

Com as imagens da última exposição do Artificis, que encerrou as atividades de 2015, informamos que nossas atividades retomam o ritmo normal a partir da primeira semana de março. Em breve publicaremos a programação do semestre que inclui aulas de desenho e criatividade, livros de artista, arteterapia para maiores de 50 e oficinas de criatividades em técnicas diversas.

O medo

"Quantas vezes, já deitado, Mas sem sono, ainda acordado, Me ponho a considerar Que condão eu pediria, Se uma fada, um belo dia, Me quisesse a mim fadar... O que seria? Um tesouro? Um reino? Um vestido de outro? Ou um leito de marfim? Ou um palácio encantado, Com seu lago prateado E com pavões no jardim?"                                      Antero de Quental       Vivemos tempos de incertezas em que o medo parece ser a palavra de ordem. Medo das guerras, medo das crises econômicas, medo da insegurança, medo dos virus. No fundo, acredito que o pior de todos os medos, é o da impotência. A pressão geral nos paraliza e o pior, impede-nos de sonhar. É urgente quebrar este círculo vicioso. Nenhum momento da história humana foi isento de incertezas, ou de guerras, ou de virus. Em algum lugar do planeta alguma coisa ruim acontecia e ainda acontece. A diferença é que...